A Marcha das Vadias já aconteceu na Argentina, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Holanda e Nova Zelândia e agora toma conta do Brasil. Depois de o policial Michael Sanguinetti afirmar que ‘as mulheres devem evitar se vestir como vadias para não se tornarem vítimas (de estupro)’, mulheres da cidade de Toronto, no Canadá, resolveram se unir para marchar pelas ‘vadias’, no movimento que recebeu o nome de “Slut Walk”.
Em Salvador, o protesto acontecerá no emblemático dia 2 de julho, durante o desfile oficial, que acontece todos os anos em homenagem à Independência da Bahia. Agora é a vez de as mulheres clamarem por independência e respeito.
Na passeata que aconteceu em São Paulo, e reuniu cerca de 300 mulheres (sob o frio de 13º), houve manifesto contra uma piada feita pelo repórter do CQC, Rafinha Bastos, na qual ele associa a prática estupro a mulheres feias. A piada foi no seu solo de "stand-up" e virou alvo de protestos sobretudo nas redes sociais, como o Twitter e o Facebook.
Anos atrás, Elis Regina cantava ‘minha força não é bruta / não sou freira, nem sou puta’, hino repetido e regravado por outras cantoras, como Zélia Duncan e Maria Rita. Entre os dois extremos há muito mais do que julga a nossa vã filosofia.